terça-feira, 26 de maio de 2015

Arte, Sonhos e Esperança no Câncer Infantil - final

Câncer Pediátrico
JORDAN e ETHAN

O câncer infanto-juvenil é atualmente a maior causa de mortes por doenças entre crianças e adolescentes nas idades entre 0 e 19 anos nos países desenvolvidos, incluindo o Brasil. Cerca de 12.000 novos casos ocorrem anualmente, segundo as estatísticas mais atualizadas. Somente uma pequena porcentagem dos cânceres pediátricos, ao contrário de vários que acometem os adultos, possui uma causa conhecida. O progresso no tratamento obtido nas últimas décadas tem sido muito promissor, alcançando o índice de 70% de sucesso. As chances de cura aumentam exponencialmente quando a constatação e o diagnóstico são realizados o mais precocemente possível.
O efeito da repercussão a nível mundial do trabalho do dublê de advogado e fotógrafo Jonathan Diaz se estende em várias direções. Até há muito pouco tempo a própria pronúncia da palavra câncer era evitada devido ao temor e ao preconceito que a doença provocava e, infelizmente, ainda provoca. O preconceito em grande parte é provocado simplesmente pela falta de informação ou informação equivocada.
O conhecimento adequado possibilita escolher as formas de ação mais corretas e eficazes, quer sejam das pessoas leigas - apoiando instituições, amparando as famílias, angariando fundos, etc. -, assim como a dos profissionais da área, como os médicos oncologistas, nutrólogos, fitoterapeutas, psicoterapeutas versados em técnicas e intervenções da clínica psicossomática; e os cientistas pesquisadores independentes da medicina ortodoxa oficial.
Essa porta aberta pela arte de Diaz é um convite à solidariedade, à participação ativa de todos que foram tocados por ela. 
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Os vídeos abaixo foram extraídos do site Anything Can Be e do canal do youtube. Visite também o Facebook e o site para contatos com o Projeto:
https://www.youtube.com/channel/UCQzBovugG36ViwRPfwF9Jpg
https://www.facebook.com/anythingcanbeproject
http://www.anythingcanbeproject.com/contact-bedford/
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WILLIAN, O Cavaleiro do Dragão

JORDAN, A Alice no País das Maravilhas

CAMIL, A Princesinha Fada 

ELLIE, A Pequenina Padeira

A maioria das crianças do Anything Can Be venceu a batalha do câncer e sobreviveu. Infelizmente, Ethan, o Pequeno Batman e Jordan, a Pequena Alice, não tiveram a mesma sorte e faleceram.
     
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Alguns pequenos fragmentos de uma resposta de Medard Boss, psiquiatra e psicoterapeuta suiço, sobre a morte em uma de suas muitas palestras:
¨...A partir do que já foi dito de fundamental, entende-se facilmente, por exemplo, a observação que sempre pode ser feita em crianças antes da puberdade, quando geralmente não têm medo da
Medard Boss - 1903/1990
morte, desde que não sejam ¨contaminadas¨ pelo medo dos adultos. Não é que elas não tenham medo de morrer por não saberem o que é isto. Os adultos angustiados também não o sabem por experiência própria. Crianças antes da puberdade não têm medo por ainda não se entenderem como sendo um sujeito isolado, o qual poderia ser destruído separadamente. As crianças são ainda tão sustentadas por seu âmbito
 de origem que não podem compreender-se como algo isolado, e por isso não podem também ter medo da própria destruição como parte de um elemento indivisível, individualizado.
...No procedimento angustioso diante da própria morte, esta se revela como o apagar definitivo no nada vazio, como o fim de tudo. A única certeza, porém, é que a existência humana, depois de ter morrido, não está mais no mundo da mesma forma corpórea como antes. Mas esta certeza não exclui, de forma alguma a possibilidade da morte justamente não trazer consigo a aniquilação radical de tudo - o que é temido na angústia diante dela. A morte pode certamente significar uma transformação do estar-no-mundo existencial anterior numa forma de ser totalmente diferente, numa forma de ser que, sem dúvida, não é acessível aos mortais enquanto eles vivem.¨
*grifos nossos
      *
Morri como mineral e tornei-me planta.
Morri como planta e renasci animal.
Morri como animal e tornei-me homem.
Por que devo temer? Quando fui eu diminuído por morrer?
Ainda outra vez morrerei, como homem, para me elevar
com os anjos abençoados, mas até da angelitude 
terei de sair.
Tudo, exceto Deus, perece.
Quando tiver sacrificado minha alma angélica,
Tornar-me-ei aquilo que nenhuma mente jamais concebeu.
Oh, deixem-me não existir!
Porque a não-existência proclama,
em sons melodiosos, 
que a Ele regressaremos.
Jalal ad-Din Muhammad RUMI
     O Amor é leve. Expande. Entrega. Deixa ir. Libera. Não Retém.

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